Artista expõe o quanto a suspensão das atividades afetou sua saúde mental
Marisa D’Amato foi uma das artistas que teve sua rotina afetada por conta dos protocolos de segurança instaurados desde o início da pandemia. A DJ revelou como se sentiu ao descobrir que seus eventos seriam cancelados e suspensos por tempo indefinido (ou até que a pandemia acabasse).
“Num primeiro momento eu fiquei tranquila até entender realmente a gravidade da situação. Mas acredito que ninguém imaginou a proporção que isso tomaria e nem que ficaríamos tanto tempo sem trabalhar. Bateu um desespero, angústia e medo. Eu pensava ‘como que vou pagar meu aluguel?’, sem contar em todas as contas que acumulariam e acumularam de cartão de crédito, por exemplo”, relatou Marisa. “Eu consegui juntar algum dinheiro que me manteve por alguns meses, mas como toda reserva, uma hora acabou e me vi num beco sem saída”, completou.
A situação afetou gravemente a saúde mental da DJ, que se sentia “parada no lugar”, por estar sofrendo de um bloqueio criativo. “Esse momento de pausa me desencadeou depressão também, além de crises de ansiedade e pânico”, admitiu. “Então eu escolhi não me cobrar tanto sobre algo que eu não poderia executar para não afetar mais ainda meu psicológico”, afirmou.
Mesmo que temporárias, uma das soluções encontradas pelos profissionais da música durante o período de isolamento foram as lives. Entretanto, a DJ afirmou que a empolgação do público não é a mesma. “As pessoas não consomem tanto lives de DJs e quando consomem, não são todos que estão dispostos a pagar ou contribuir voluntariamente. Eu me sentiria muito melhor, segura e empática se as lives estivessem funcionando e tendo uma grande demanda quanto os eventos presenciais”, lamentou.